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Reflexão sobre 2016 que colocou em cheque os processos de governança e compliance

Impressionante nunca se falou tanto de compliance, corrupção, lavagem de dinheiro, fraude, Operação Lava jato, Polícia Federal, Ministério Publico, STF entre outras coisas, como neste ano de 2016, não é verdade, ficou até dificil acompanhar de tanta informação, além das inumeras operações da PF.

Surgiram muitos especialistas no mercado, falando e fazendo bobagens, mas faz parte, lembram do bug do milênio? Segundo o site mundoeducacao.bol.uol.com.br, “Bug do Milênio era o fato de que os sistemas antigos desenvolvidos no século XX guardavam e interpretavam as datas com 2 dígitos no ano”, então como naquela época muitos ganharam muito dinheiro, mas depois sumiram, pois não conseguiam manter o negócio funcionando sem metodologias e continuidade dos trabalhos.

Portanto, devemos olhar para tudo isso como olhos críticos e com certos receios, afinal o ser humano possui vontades, necessidades e interesses diferentes, e podem jogar no buraco qualquer empresa ou negócio, afinal será que é difícil ser honesto? Portanto: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”. Este é nosso maior desafio em controles internos, compliance, gestão de riscos e processos de negócios, tão necessários para uma boa governança corporativa.

Quantos escândalos todos os dias, e isso causa um sentimento de incapacidade para nós que trabalhamos com honestidade e buscamos ganhar o nosso pão de cada dia com esforço e dedicação, pagando nossos impostos e vendo para onde vão, é complicado.

Sou questionado a cada palestra, aula ou apresentação de propostas em clientes, sobre este “tal” de compliance funciona, e respondo: “depende de cada um de nós fazermos a nossa parte, ou seja, fazer o que é certo”. Mas como conviver com políticos que manipulam a legislação a seu favor, deixando de lado a população, sedenta por justiça e por políticos honestos, por alguns gestores com conduta e ética bem acima do que temos hoje, será uma utopia ou uma necessidade?

Espero que tudo isso que esteja acontecendo seja para melhorar e que realmente quem fez algo errado pague por isso e seja punido, mas está difícil, pois a nossa justiça deixa brechas e sinais que não funciona tão bem assim. Mas como dizem: “A esperança é a última que morre”, ainda tenho esperanças, acredito que podemos mudar o processo, mudando a postura das pessoas, que a cultura vem junto, que 2017 possamos fazer com que as coisas sejam melhores para todos.

* Marcos Assi é professor e consultor da MASSI Consultoria e Treinamento – Prêmio Anita Garibaldi 2014 e Prêmio Giuseppe Garibaldi 2016, Comendador Acadêmico com a Cruz do Mérito Acadêmico da Câmara Brasileira de Cultura, professor de MBA na FECAP, FIA, Saint Paul Escola de Negócios, Centro Paula Souza, USCS, FADISMA entre outras, autor dos livros “Controles Internos e Cultura Organizacional”, “Gestão de Riscos com Controles Internos” e “Gestão de Compliance e seus desafios” pela Saint Paul Editora.

 

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.