Para Joaquim Barbosa, é a ganância que leva as empresas à corrupção
O ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa disse que a ganância e a dificuldade de competição são as duas motivações principais para empresas se envolvem em corrupção de agentes públicos, ao citar pesquisa feita na Grã-Bretanha em 2012. Ele citou a pesquisa durante palestra sobre ética em um evento sobre desenvolvimento e treinamento empresarial, em Santos (SP).
Segundo Barbosa, a pesquisa apontou três áreas sensíveis de interesse público no acompanhamento das atividades empresariais: a remuneração dos executivos, a observância à legislação tributária, e a corrupção. O ex-ministro fez um adendo citando que a corrupção de agentes públicos especialmente por empresas ocorre em “várias partes do mundo”.
Barbosa, relator da ação penal que condenou empresários e políticos no caso do mensalão petista, não mencionou a operação “Lava-Jato” da Polícia Federal, que desbaratou um esquema de corrupção de pagamento de propina em contratos superfaturados da Petrobras. “Quanto mais transparente for a atuação do agente público, menor será o risco de sua ética particular se desviar dos valores que são claros à maioria do povo brasileiro”.
O problema, disse Barbosa, é que essas práticas são resultado de um processo histórico e agora estão “banalizadas”. Segundo ele, as pessoas não podem perder a capacidade de se indignar e pedir transparência.
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