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Os problemas da Petrobras, até onde iremos?

Arte problemas na Petrobras_Versão05_01_2015 (Foto: Arte/G1)

Quando iniciou o processo da Operação Lava Jato, acredito que ninguém tinha noção dos impactos que causariam, na empresa, no governo, na auditoria, no conselho de administração e nos processos de Governança Corporativa com foco na SOX, que cá entre nós vai promover grandes perdas para a empresa, sem contar  na imagem governamental, que já não era lá essas coisas, mas  agora ficou pior.

O poder através do dinheiro com compra de apoio e participação nas ações do governo já existem há muito tempo, mas o governo atual exagerou um pouco, basta lembrar do MENSALÃO, e agora temos o PETROLÃO, mas falar disso, é engraçado, pois ninguém nunca sabe de nada, não é mesmo?

Hoje lendo o G1 do Globo.com, me deparei com a seguinte matéria, sobre a perda de valores das ações da empresa que era o xodó dos brasileiros, a Petrobras, e agora como ficamos? E os investidores que aplicaram seu dinheiro em uma empresa “SÓLIDA”, e que esta com os valores de suas ações conforme a matéria do G1:

“As ações ordinárias da Petrobras (com direito a voto) fecharam cotadas a R$ 8,27 nesta segunda-feira (5), atingindo assim o menor valor desde o dia 6 de setembro de 2004, quando o papel chegou a R$ 8,2605, de acordo com dados da Economática. Já os papéis preferenciais (as mais negociadas, com prioridade na distribuição de dividendos) fecharam a R$ 8,61, o menor valor desde 8 de junho de 2005 – quando o papel fechou a  R$ 8,597”.

Segue abaixo mais alguns trechos da matéria para conhecimento:

Problemas e investigações
A Petrobras pode entrar em default técnico em algumas de suas dívidas externas se credores aderirem a uma campanha para forçá-la a acelerar as possíveis baixas contábeis devido ao gigante escândalo de corrupção que envolve a petroleira.

O endividamento líquido da empresa cresceu 8% no 3º trimestre em comparação com o segundo trimestre de 2014, passando para R$ 261 milhões. No acumulado do ano, houve crescimento de 35% em relação ao mesmo período de 2013.

Soma-se a isso as perdas com a falta de reajuste do preço do diesel e da gasolina – ofertados na maior parte do ano a um preço abaixo do praticado no mercado internacional.

Como se não bastassem os problemas internos, o preço do petróleo despencou para o patamar de US$ 50, recuando a níveis de 2009, por preocupações persistentes com um excesso de oferta global e a perspectiva fraca de demanda.

O mercado também tem mostrado preocupações quanto aos retornos dos projetos da Petrobras no pré-sal devido à queda do valor da commodity.

Operação Lava Jato
As suspeitas de irregularidades na Petrobras foram apontadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, deflagrada em março deste ano para apurar esquema de lavagem de dinheiro. As investigações apontaram para um esquema de desvio de verbas e superfaturamento em obras da estatal.

As denúncias resultantes da operação já levaram os procuradores a pedir ressarcimento de ao menos R$ 1,18 bilhão por desvios na petroleira.

Diante das denúncias de irregularidades, diversos órgãos de controle do governo decidiram investigar a estatal. O Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) abriram processos para apurar denúncias como pagamento de propina a funcionários por empreiteiras, superfaturamento de obras e pagamento de serviços que não foram realizados por empresas contratadas pela Petrobras.

Agora uma pergunta que não quer calar: Será que paramos por aqui? Ou todas as empresas com gestão governamental, tem o mesmo procedimento? E no Congresso Nacional, será que não deveríamos avaliar os processos de gestão de pagamentos e contratação? Será que funcionaria um processo de programa de compliance no governo, ou somente para algumas empresas privadas, que mesmo assim ainda tem muito chão a ser percorrido.

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.