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CVM alerta para oferta irregular em Forex

Dolar xA Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alertou ontem para a oferta irregular de investimentos no mercado de câmbio internacional (Forex, na sigla em inglês) realizada pelo Straighthold Investment Group Inc. a brasileiros por meio do site LiteForex (www.liteforex.org).

Em ato declaratório, o superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários da CVM, Waldir de Jesus Nobre, determinou a imediata suspensão da oferta de investimentos a brasileiros pelo Straighthold Investment Group. Segundo o comunicado, a empresa não está autorizada a captar “clientes residentes no Brasil” por não integrar o sistema de distribuição previsto no artigo 15 da lei número 6.358/76. Caso não cumpra a determinação da CVM, o Straighthold Investment Group estará sujeito a multa diária de R$ 1 mil. A suspensão da oferta de investimentos, contudo, não exime a empresa das penas previstas em lei.

Segundo o ato declaratório, as operações no mercado Forex envolvem negociações com derivativos e, por consequência, se enquadram no conceito legal de “valor mobiliário” – ou seja, estão sob a alçada da autarquia.

Em sua página na internet, o Straighthold Investment Group afirma que está sediado nas Ilhas Seychelles, paraíso fiscal localizado na costa da África, no Oceano Índico. A empresa diz possuir também escritórios na Rússia, Ucrânia, Letônia e Nigéria.

O grupo se apresenta na internet com o lema “LiteForex, o mundo da liberdade financeira” e ressalta que oferece uma “oportunidade singular de entrar no mercado de Forex com apenas um dólar”. Todas as transações, segundo o site da empresa, são “efetuadas em centavos de dólar”, abrindo espaço para os iniciantes no mercado.

O clima de auto-exaltação está presente em todo o site. A empresa informa, por exemplo, que foi eleita por uma revista especializada como “Melhor corretora de Forex na Nigéria 2010”.

Vale ressaltar que os depósitos iniciais para as transações no mercado de Forex são pequenos porque o investidor realiza os investimentos por meio de contratos financeiros derivativos, em que não há compra física de moeda. Nesse modelo, o investidor, após depositar uma pequena quantia, pode apostar, por exemplo, na oscilação de diversas moedas em relação ao dólar americano no mercado internacional.

A lógica do negócio é ganhar pequenos valores realizando um grande número de transações. A maioria dos negócios, contudo, é alavancada, ou seja, há possibilidade de que o investidor tenha que depositar mais recursos para cobrir perdas. O risco para os iniciantes também é grande, devido à forte volatilidade desses mercados. No passado, já houve problemas também com fraudes em sites que simplesmente sumiram com o dinheiro dos investidores.

Fonte: Antonio Perez, Valor Economico

marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.