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BC estuda nova norma sobre risco de conduta de bancos

Gestão de ComplianceO Banco Central (BC) estuda implementar uma nova norma sobre risco de conduta das instituições financeiras, de acordo com a chefe do Departamento de Supervisão de Conduta (Decon) da instituição, Andreia Lais de Melo Silva Vargas. Apesar de não dar detalhes sobre o que será tratado na regulamentação, ela disse que o objetivo é congregar aspectos que hoje estão dispersos em diferentes regras.

“Vai facilitar o trabalho da supervisão e das instituições financeiras, que terão um instrumento de trabalho para lidar com essas questões de conduta”, disse Andreia, que esteve ontem no 4º Congresso Internacional de Gestão de Risco, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

O Decon é um departamento do BC criado há cerca de dois anos e que segrega o controle do risco prudencial do risco de conduta. A gestão do risco de conduta abrange elementos como governança, aderência às normas de contratação de operações e prestação de serviços, atendimento, monitoramento de auditoria, além de procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Segundo Andreia, no entanto, ainda não há um indicador para medir o risco de conduta das instituições financeiras. “É algo que depende de evolução conceitual. Quem sabe no futuro tenhamos isso”, disse. Os esforços do BC fazem parte das medidas de gestão de riscos que ganharam evidência após a crise financeira e a implantação das normas de Basileia 3.

No mesmo evento, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que não se pode poupar esforço para garantir a resiliência do sistema financeiro e evitar crises como a de 2008.

Ele ressaltou que o Brasil está em situação favorável para a implementação de Basileia 3, que deve ser feita até 2019. Caso o novo modelo fosse totalmente incorporado hoje, os bancos públicos precisariam ter um capital adicional de R$ 900 milhões, enquanto os privados precisariam de R$ 1,2 bilhão, disse Meirelles.

O diretor do BC lembrou que Basileia 3, no entanto, vai além do requerimento de capital. Para ele, trata-se de um modelo que também dá maior relevância para a avaliação do risco ao longo do tempo, em cenários distintos, além de incorporar a visão integrada de conglomerados financeiros. “Basileia 3 foi uma resposta regulatória aos problemas estruturais evidenciados pela crise e deve ser vista como um conjunto de normas que vão além de padrões de capital”, afirmou Meirelles em seu discurso.

Ele destacou ainda o papel de maior importância dos órgãos de regulação e fiscalização no novo cenário de regulamentação. “Basileia não pode ser vista apenas como mudança de patamar regulatória. É também uma reflexão profunda sobre a qualidade da supervisão feita em todo o mundo”, afirmou.

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marcos

Professor, Embaixador e Comendador MSc. Marcos Assi, CCO, CRISC, ISFS – Sócio-Diretor da MASSI Consultoria e Treinamento Ltda – especializada em Governança Corporativa, Compliance, Gestão de Riscos, Controles Internos, Mapeamento de processos, Segurança da Informação e Auditoria Interna. Empresa especializada no atendimento de Cooperativas de Crédito e habilitado pelo SESCOOP no Brasil todo para consultoria e Treinamento. Mestre em Ciências Contábeis e Atuariais pela PUC-SP, Bacharel em Ciências Contábeis pela FMU, com Pós-Graduação em Auditoria Interna e Perícia pela FECAP, Certified Compliance Officer – CCO pelo GAFM, Certified in Risk and Information Systems Control – CRISC pelo ISACA e Information Security Foundation – ISFS pelo EXIN.

One thought on “BC estuda nova norma sobre risco de conduta de bancos

  • JOSE FRANCISCO MIRANDA

    Quando, apesar de toda fiscalização do Bacen, o banco é liquidado, em decorrência dos ilícitos praticados pelos ex-donos, ou mesmo com a finalidade de satisfazer o desejo incontrolável de mais dinheiro e poder do “dono” seguinte, os prejudicados são os investidores, que, destituídos de seus patrimônios, entram na fila do pão e água. A tais clientes bancários, a princípio, nada será dado e, depois, tudo ser-lhes-á tirado. Se do atemorizado murmúrio passarem a falar, ou até gritar, invocando o Judiciário, receberão a resposta de que a lei, mesmo não sendo justa, faz Justiça, assumindo desse modo a terça parte do Estado. Como resultado da insistência, serão ainda mais onerados: terão de pagar custas judiciais e honorários advocatícios. Paupérrimos, outrora tratados com taças de champagne, agora até a saliva ser-lhes-á tomada. Ainda que pareça, não é delírio. O exemplo abaixo é apenas mais um caso. Como sabemos, existem muitos outros. Por investirem no que é lícito e bom para o país, são massacrados, e não apenas os brasileiros, também os investidores externos são aqui massacrados. Vale ler:
    http://www.valor.com.br/legislacao/3707980/tj-sp-analisa-investimento-feito-corretora

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